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Casamento judaico: diferenças e curiosidades

Cada religião tem suas características e rituais, e com a religião judaica isso não é diferente. Para quem não conhece, o casamento judaico possui algumas diferenças e curiosidades que merecem ser esclarecidas, a fim de se evitar gafes dos mais desavisados.

Confira algumas curiosidades sobre o casamento judaico

  • No judaísmo, o casamento significa a união de um homem e uma mulher no nível espiritual, com os dois passando a formar uma única alma. Para os judeus, um homem só se torna completo depois do casamento.
  • dia do casamento para os noivos judeus é como um Yom Kipur, o dia do perdão. A tradição conta que, no dia do casamento, D’us perdoa todos os pecados dos noivos para que possam começar uma vida nova juntos, completamente purificados. Para tanto, eles jejuam e passam o dia em oração. Além disso, o casal não pode se ver durante a semana anterior ao casamento.
  • Todos os homens devem usar a Kipá, mesmo aqueles que não pertencem a religião judaica. A Kipá serve para mostrar que todos acreditam que existe um D’us, e ele está sempre acima de nós. Por isso ele deve ser amado, respeitado e temido. Deve ser utilizado durante toda a cerimônia e pode ser guardado de recordação pelos convidados.
  • Talit é outro símbolo muito presente em casamentos judeus e usado pelo noivo durante a cerimônia de casamento. Ele serve para lembrar que nós somos mortais e todos são iguais quando se dirigem a D’us.
  • casamento judaico não precisa acontecer, necessariamente, dentro de uma sinagoga. Um costume comum é que o casamento ocorra ao ar livre, mas isso também não é uma regra. Casais judeus podem realizar a cerimônia no local que escolherem e ela não precisa ser presidida, necessariamente, por um rabino. Qualquer homem mais velho e com mais experiência, que pertença a comunidade, pode presidir o casamento.
  • A cerimônia, propriamente dita, acontece sob o chupá (a pronúncia correta é rupá), que consiste em uma espécie de tenda, que precisa ter quatro pilares, deve ser aberta nas laterais e coberta em cima. Ele simboliza passado, presente, futuro e o novo lar que está sendo formado. Em baixo do chupá ficam os noivos, seus parentes mais próximos e a pessoa que irá presidir o casamento. Não é um costume judaico ter padrinhos e madrinhas, portanto, o cortejo é formado pela família dos noivos.
  • A noiva entra ao som de uma música tradicional, chamada Boi BeShalom, que significa “Venha em paz“. Aliás, todas as músicas da cerimônia judaica são religiosas e possuem alguma mensagem.
  • A noiva faz o caminho até o chupá com o rosto descoberto e é entregue pelo pai para o noivo, que cobre o seu rosto. Em seguida, acompanhada da mãe e da sogra, ela dá sete voltas em torno do noivo. A questão do véu simboliza a modéstia da mulher judaica e que o noivo não se importa com sua beleza física, que pode acabar com o passar dos anos. Além disso, segundo os costumes, a presença divina irradia do rosto da noiva no dia do casamento, e isto precisa ficar coberto. Já as sete voltas é uma metáfora a criação do mundo, que aconteceu em sete dias. Dessa forma, as sete voltas significam a criação das paredes da casa do casal. O sete também é considerado um número que simboliza a totalidade e a integridade que o casal não consegue alcançar separado. Depois das sete voltas, a noiva fica ao lado do noivo, demonstrando que sempre estará lá quando ele precisar.
  • Na cerimônia de casamento judaico usa-se duas taças de vinho. O vinho é o símbolo da alegria na tradição judaica e está ligado ao Kidush, a reza de santificação do Shabat e das festividades tradicionais. Os noivos devem beber da mesma taça, num gesto de partilha total.
  • As alianças devem ser de ouro polido, lisas e discretas, sem gravações, enfeites ou pedras, representando um círculo perfeito inquebrável. O noivo põe a aliança no dedo indicador da noiva, momento em que o casal passa a estar oficialmente casado. A aliança é um símbolo da confiança e da lealdade do casal. De acordo com as tradições judaicas, a noiva não coloca a aliança no dedo do noivo em baixo do chupá.
  • Ao fim da cerimônia, o noivo quebra uma taça com o pé. Esse momento tão conhecido é, na verdade, uma expressão de tristeza dos noivos e simboliza a destruição do Templo de Jerusalém. O ato também confirma a opção do casal em ser judeu. Isso marca o fim da cerimônia, e todos os presentes gritam Mazel Tov, desejando boa sorte para o casal.
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Agora que você conhece algumas diferenças e curiosidades sobre o casamento judaico não cometerá mais nenhuma gafe quando for convidado para um!

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